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sexta-feira, 21 de maio de 2010

Belinda: “Sou uma lolita” – Revista Open





Desde muito pequena, Belinda mostrou um incrivel talento para cantar e atuar. Foi aos seus dez anos quando participou em sua primeira telenovela “Amigos x Siempre”; desde então, a cantora não cesou seu empenho em ter um lugar na música do país. Instalada no pop, Belinda teve um sucesso considerável com seu primeiro CD, do qual se desprenderam músicas como “Lo Siento”, “Boba Niña Nice”, “Ángel” e “Vivir”. Depois, realizou um dueto junto ao grupo de rock Moderatto, “Muriendo Lento”, a qual se apoderou dos primeiros lugares de popularidade. Em 2007, lançou sua segunda produção, Utopia, com a qual alcançou reconhecimento internacional, levando-a a obter dois premios MTV Latino-América; um na categoria de “Video do ano” e a de “Melhor Solista”.



Hoje, após sua participação na novela Camaleones, ao lado de Alfonso Herrera, Belinda traz em baixo do braço um novo disco “Carpe Diem, o qual esteve inspirado basicamente, em um fato dramático que lhe ocorreu: perder o seu avô. A partir daí, ela assegura que a melhor maneira de viver é apreciar cada instante que se tem na terra. Uma filosofia que a obrigou a crescer. Isto a levou a fazer uma série de músicas, disse, para satisfazer a necessidade das pessoas de um mundo muito mais positivo.



O que você quer dizer às pessoas com esse disco?
Definitivamente, viver cada momento como se fosse o último e desfrutar cada dia; viver o dia a dia. As vezes, amanhacemos de mau humor e ficamos o dia todo assim, e não nos damos conta que pode ser o último dia que estamos aqui. Basicamente é isso, desfrutar e ser felizes.



Como você chega emocionalmente a este disco?
Geralmente sou muito melâncolica. Quase sempre escuto músicas lentas, canções muito espitiruais. Então me custa muito trabalho fazer algo diferente disso. Meu disco anterior, era muito mais de músicas lentas; mas pra esse dedici pegar outro momento; sobre tudo, pelo que está acontecendo no mundo agora. As pessoas precisam de muito ânimo e música positiva; eu quis fazer isso e me custou muito trabalho, de verdade. Mas ficou muito bom.



Alguma coisa específica detonou em você essa vontade de escrever músicas positivas?
Quando meu avô faleceu, ele era toreiro e morreu há um ano, foi algo muito forte para mim. Um toreiro é um artista também, então ele sempre disse ‘minha neta é e será uma artista como eu’. Meus pais o calavam e diziam que eu iria ao colégio como qualquer garota da minha idade, e nada. E ele, teimoso, foi o primeiro que se ligou nisso. E para mim, sua morte foi muito dolorosa. Então, me entrou uma depressão total e eu queria cantar de uma maneira triste. Até que, de repente, me dei conta que meu irmão está crescendo e que é incrivel, que eu tenho uma familia, que a vida é bonita e que não vale a pena estar assim. Então, decidi colocar outro rumo na minha vida.



Dá trabalho retomar essas experiências duras e enfocá-las no processo criativo?
Sim, quando alguém que você ama morre, é muito dificil. Além do mais, meu avô era muito importante para mim, como uma inspiração e me motivava muito. Ele me pressionava, de alguma maneira. Ele era a pessoa que mais acreditava em mim.



Quanto você se envolveu no Carpe Diem?
Tudo. Esse CD é muito meu, todas as músicas são compostas por mim. Me meti por inteiro em todos meus projetos sempre. Foi a mesma coisa com esse, foi como compôr desde o zero, até explorar novos sons. Foi como renascer e voltar a sentir vontade de fazer algo novo.



O que você gosta de escutar?
Joy Division é meu grupo favorito, enlouqueço. Gosto muito do Coldplay, Phoenix, Zoé. E de mulheres, Billie Holliday me encanta. Edith Piaf, que também foi uma cantora que sempre admirei, porque meu avô era francês. E gosto muito da Pink também.



Só na música você é nostálgica?
No cinema eu também gosto muito dos antigos, sou estranha! As pessoas vêem que Belinda é uma artista pop e com certeza me rotulam. Mas não, a verdade é que tenho conhecimento da música. A isso eu me dedico e sei da música desde The Beatles até agora. Eu gosto muito de explorar todas as épocas e etapas da música. Na minha casa se escutou muita música; meu pai, Pink Floyd. Minha mãe, Madonna. Era incrivel.



Você nunca pensou em se envolver com cinema?
Olha, me propuseram vários filmes e me ofereceram uns quatro ou cinco roteiros; mas tem que chegar um que realmente me motive e eu goste muito. E bom, a música é minha vida.



Te dá trabalho lidar com a fama?
É muito complicado. As vezes eu gostaria de poder estar trabquila e poder ser eu mesma, muitas vezes. Mas é assim. Assim é minha vida e tengo que vivê-la da melhor maneira possivel e, além do mais, a melhor coisa da fama é o público. E quando reconhecem o seu trabalho, é lindo.



A tecnologia…as redes socias, não ajudam muito com a fama, imagino…talvez existia certo anonimato antes ou mais do que existe hoje.
Cada vez mais, o mundo do espetáculo está mais dificil. Talvez antes existia um pouco mais de respeito e vida privada. Agora dá mais trabalho, mesmo que você vá disfarçada com um chapéu, uma peruca pequena e o cabelo roxo, sempre te reconhecem.



Há quem diz que a fama exige sempre algo de volta…Pra você, o que teve que “devolver”?
O que mais me custou foi deixar de sair e me divertir. As vezes me dá trabalho porque as pessoas mal interpretam as situações e as ocasiões. Já até me dá preguiça!! Prefiro ficar em casa.



Quero que as pessoas vivam cada momento como se fosse o último e desfrutem cada dia.



Fonte: RevistaOpen.com.mx
Tradução & Adaptação: BelindaPeregrin.com.br

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